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A Copa de 1994 marcou o início de minha obsessão pela Romênia e a incessante busca pela camisa da seleção, que só fui conseguir de fato anos depois. Creio que isso tenha sido o marco inicial de meu real interesse por camisas de futebol, embora só por volta do ano de 2000  foi que resolvi comprar algumas camisas, em peregrinações incessantes com Fábio Farias pelas ruas de Frutal-MG. Não se tratavam de itens originais e não havia pretensão (nem dinheiro) para tanto, então nos contentávamos com aquelas camisas com tecidos horríveis e escudos em silk screen. Era engraçado que, ao invés do logo das marcas, as grosseiras falsificações costumavam colocar o apelido do time imitando inclusive o layout original da marca. Assim, a camisa do São Caetano possuía um Azulão imitando o logo da Penalty, o logo da Nike virava um Mengo, e assim por diante.

Pouco tempo depois, buscava promoções na Centauro, comprando as camisas mais baratas que encontrava. O preço foi meu primeiro foco de coleção e, sem que eu percebesse, havia me tornado colecionador de camisas de futebol.

Já vi muita gente discutindo o que diferencia o comprador de camisas habitual do colecionador de camisas e nessas horas muita besteira é dita. Particularmente, aceito a teoria de Baudrillard, que mais ou menos diz que o objeto tem duas funções: ser utilizado e ser possuído. O colecionador lida mais com essa noção de posse e cria aquela espécie de aura em torno do objeto, no caso, camisas de futebol. Um exemplo prático: o comprador de camisas compraria camisas de seu time de coração e, com o tempo, com o uso, com a transformação desse objeto em algo “antigo”, poderia facilmente se desapegar desse item, doando-o, vendendo, etc. Para o colecionador, que lida essencialmente com a posse da camisa, esse valor tende a valorizar com o tempo. Em suma, só a própria pessoa pode se assumir um colecionador ou não. O conceito é bastante intimista e, creio eu, pode existir um colecionador de camisas com 10 peças e um comprador de camisas com um número maior do que esse.

Sobre a coleção

utilizado e ser possuído. O colecionador lida mais com essa noção de posse e cria aquela espécie de aura em torno do objeto, no caso, camisas de futebol. Um exemplo prático: o comprador de camisas compraria camisas de seu time de coração e, com o tempo, com o uso, com a transformação desse objeto em algo “antigo”, poderia facilmente se desapegar desse item, doando-o, vendendo, etc. Para o colecionador, que lida essencialmente com a posse da camisa, esse valor tende a valorizar com o tempo. Em suma, só a própria pessoa pode se assumir um colecionador ou não. O conceito é bastante intimista e, creio eu, pode existir um colecionador de camisas com 10 peças e um comprador de camisas com um número maior do que esse.
Enfim, já vi muita gente dizendo também que o colecionador deve ter foco. Embora não acredite que o foco é que faz da pessoa uma colecionadora de camisas (se você pensar bem, o próprio fato de colecionar camisas já é um foco), acho desejável possuir um foco até para que o colecionador não se perca na infinidade de opções disponíveis.
Bem, eu tenho não um, mas vários focos. Para me orientar melhor, eu dividi os focos em microfocos. Desses, o único que tenho pretensão de conseguir completar um dia é o foco 1. São eles:

Foco 1: Camisas de seleções FIFA;



Foco 2: Clubes brasileiros

Microfoco: Times de SP e MG (preferencialmente equipes de cidades próximas à minha cidade natal)

Microfoco: Times de Brasília (esse também pretendo completar um dia: ter uma camisa de todos os clubes profissionais do DF)
 

Foco 3: Clubes internacionais
Microfoco: Clubes do Leste Europeu
Microfoco: Clubes alternativos
Microfoco: Clubes dos países que visito

 

Atualmente estou me dedicando essencialmente às camisas de seleções, para que um dia consiga obter uma camisa de todos os 209 países filiados à FIFA

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